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Comunidade FA.ULisboa tomou iniciativa de apoio solidário, prevenção e proteção do COVID-19

Comunidade FA.ULisboa tomou iniciativa de apoio solidário, prevenção e proteção do COVID-19

A comunidade académica da Faculdade de Arquitetura não ficou indiferente ao estado de emergência decretado em Portugal. Seja na produção de equipamentos para proteção de profissionais de saúde no combate ao COVID-19, seja para deixar as pessoas menos sozinhas, seja para espalhar sorrisos de crianças sem aulas, os alunos, alumni e os docentes da FA.ULisboa estão a movimentar ideias a partir das suas casas.

Do LPR para o SNS: Viseiras em colaboração com o Técnico Lisboa

No Laboratório de Prototipagem Rápida (LPR) da FA.ULisboa começaram a ser produzidas, em parceria com o Instituto Superior Técnico (IST), viseiras de proteção que serão doadas a hospitais e profissionais de saúde. A partir do desenho que foi, originalmente, enviado pelo IST, o Professor Pedro Januário, da FA.ULisboa, reajustou o design, tornando-o mais adaptável, ergonómico e leve, de modo a que, também, se poupe matéria-prima. Esta nova versão foi partilhada com a equipa do IST responsável pelo projeto.

Cógulas caseiras para proteger profissionais de saúde

Os ex-alunos da FA.ULisboa, Marco Moreira (arquiteto e designer de moda) e Rui Tomás (designer), são os criadores de uma peça de apoio, uma cógula, aos profissionais de saúde que se encontram na frente de batalha contra o COVID-19. Segundo Rui Tomás, a peça é “uma nano contribuição do design para o combate ao Covid-19 e ajuda aos profissionais de saúde do SNS”.

“O Marco Moreira desenvolveu um gorro como primeira peça de um conjunto de vestuário hospitalar que está a preparar para ajudar a escassez de EPI’s (equipamentos de segurança individual), a ser complementado com máscara, bata, luvas e botas.

Para que, tanto os profissionais de costura como curiosos, possam contribuir e pôr em prática estes gorros, desenhei com rigor o molde do Marco, ilustrei e fiz o design gráfico com instruções para poder ser partilhado e impresso numa comum impressora de formato A4.”  

A FA.ULisboa entrou em contacto com o arquiteto e designer Marco Moreira, disponibilizando as instalações, nomeadamente as oficinas de moda e toda a maquinaria aí disponível. Para ampliar o apoio a este projeto, foi lançado um repto aos alunos de 3.º ano da licenciatura e do mestrado em Design de Moda, que se disponibilizaram a apoiar esta iniciativa produzindo, com os seus meios pessoais, as cógulas a partir de casa. 

Além da ideia e do projeto, a dupla disponibilizou os moldes para que todos possam costurar para si ou para oferecer aos profissionais de saúde da sua área de residência. Para obter o molde à escala real é apenas necessário imprimir e colar 5 folhas A4. Importa, ainda, referir que Marco Moreira e Rui Tomás começaram a fazer uma campanha de angariação de fundos para a compra de tecido não tecido (TNT) para a execução das cógulas de proteção. (Apesar de ainda não terem aprovação da utilização deste tecido do Instituto Ricardo Jorge, nem nenhuma resposta da DGS, foram já 5 serviços hospitalares da área da Grande Lisboa a aprovar o uso do TNT 80 grs.) A informação sobre esta ação, assim como os fundos angariados e o IBAN para transferências, está disponível na página do Facebook criada para o efeito, intitulada “Portuga COnVIDa Todos”. Nesta página pode ir acompanhando as empresas que estão a apoiar esta iniciativa. Até ao momento estão cerca de 2300 cógulas de proteção prontas a serem entregues a profissionais de saúde.

Pequenos heróis de papel contra o Coronavírus

Rui Tomás, ex-aluno da FA, também concebeu pequenos brinquedos de papel, passíveis de imprimir e montar em casa, na luta contra a atual pandemia: os COVIDbusters. O projeto, que se iniciou na FA em 2013, ganha novos contornos para contar a história destes heróis que vão derrotar o maléfico vírus que invadiu a terra.

O plano para impressão caseira está disponível e pode ser descarregado em: https://www.ruitomas.pt/#/covidbusters/

A NAVE que puxa por todos os alunos

O núcleo NAVE, da Associação de Estudante da FA.ULisboa, preocupados com o panorama atual, lançaram um desafio a toda a comunidade académica da FA. Assim, até ao próximo dia 13 de abril, às 22h, todos os alunos poderão enviar as propostas para o email do núcleo: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

As questões levantadas pela NAVE-AEFA são pertinentes e vão no sentido de ativamente, enquanto estudantes e futuros arquitetos e designers, “perceber que contributo podem promover numa estado de emergência como o vivido. O desafio é projetarem equipamentos de proteção, sistemas de construção rápido de estruturas que possam ser rapidamente convertidos e  que permitam albergar os profissionais de saúde que se encontram em contacto com os doentes e não podem ir para casa junto dos seus familiares. Uma estratégia/linguagem de comunicação com informação gráfica relativa a boas práticas que devemos seguir quando vamos ao supermercado, visto que este é um dos sítios em que corremos maior risco de contaminação. Podem também desenvolver ilustrações ou uma BD sobre a temática da quarentena.” Quem estiver interessado em participar nesta iniciativa da AEFA poderá obter mais informações em:  https://bit.ly/2QLXBdu 

A cuidar dos que estão sozinhos em casa, ao longe

Graziela Sousa, ex-aluna da FA.ULisboa e docente da licenciatura em Design de Moda foi, também, protagonista de uma ação de solidariedade. Segunda a Professora o projeto  #sozinhosemcasa surgiu por perceber que nos encontramos perante “uma situação que pede um espírito de colaboração e entreajuda. Que muitos de nós estamos sozinhos e ter alguém a saber como estamos e que nos possa suprir alguma necessidade é algo que pode fazer a diferença”.

O grupo de pessoas envolvidas já cresceu, estando, não só em Lisboa, mas também em Almada e no Porto. No total, o projeto já envolveu 65 pessoas divididas por 10 grupos nas freguesias de Lisboa -  Graça, Penha de França, Alvalade, Campo de Ourique, Chiado, Algés/Belém, Alameda, Benfica, Estefânia e Almada -, e 14 pessoas, no Porto. O grupo conta, também, com uma primeira parceria com a EatTasty para entregas ao domicílio.

Graziela diz que “tem sido bonito de ver, as pessoas realmente ajudam-se mutuamente, vão-se abrindo sobre a estranheza de tudo isto. Partilham dicas, levam compras uns aos outros para saírem o mínimo. Coisas que parecendo pequenas, de momento são de valorizar, podendo assim aliviar um bocadinho o peso da solidão uns dos outros pelo caminho.”

Date

27 março 2020

Tags

Notícias
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