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Salomé Pitta, aluna da FA.ULisboa é uma das vencedora do concurso Becas/Arquia2020

Salomé Pitta, aluna da FA.ULisboa é uma das vencedora do concurso Becas/Arquia2020

A Salomé Pitta concorreu ao concurso Becas/Arquia2020 e foi uma das jovens arquitetas agraciadas com uma bolsa da Fundação, levando a concurso o projeto MAO com o conceito de “Usar as maos para construir, e se reconstruir”

O tema deste ano a concurso é Repensar los sistemas de fachada para los futuros edificios residenciales en altura. De acordo com a Arquiteta Anupama Kundoo, vivemos atualmente em contexto de urbanização como nunca antes vivido sendo as fachadas dos edifícios o elemento arquitetónico que estabelece a transição entre o exterior (cidade) e o interior (intimidade) do edifício, delimitando a área privada de cada individuo.

Para que se consiga perceber todo o conceito do projeto, a  Salomé Pitta enviou-nos uma descrição do processo .

A júri do concurso foi Anupama Kundoo. O concurso proponha uma reflexão sobre como seriam as fachadas dos edifícios habitacionais do futuro. A Arquiteta explica que,  a tendência de densificação vertical tem por consequência “o abandono da escala humana (...) onde a monótona repetição de apartamentos empilhados uns sobre os outros são normalmente  acompanhados de técnicas industrializadas como fachadas cortinas e peles monolíticas homogéneas”

De fato, os processos de estandardização que vieram se implementando desde a industrialização da construção têm por consequência a homogeneização das fachadas e consequentemente do espaço urbano. O processo tomou tal proporção que atualmente se converge para uma mono-cultura da construção. A existência de uma única cultura hegemônica no domínio da construção, além de ser um obstáculo a criação e inovação, o que atualmente se observa é que não está a altura dos desafios climáticos atuais.

O projeto propõe uma fachada de pilares e vigas de madeira que poderá ser preenchida com Adobe pelos habitantes do apartamento. Os moradores participarão na concepção das fachadas desde a fabricação do material de construção – Adobe – até o posicionamento e tamanho das aberturas ou escolha de revestimento da fachada.

O conforto térmico dos apartamentos é garantido pela inercia das paredes em Adobe e pela sombra da varanda superior, de profundidade calculada para um aquecimento por energia solar. Cada varanda possui dois recipientes de phyto-Epuração para autonomia em Grey-Waters.

No bairro de Port-Marianne em Montpellier, onde escolhi implantar o projeto, a verticalização ainda não integrou os projetos, mas a estandardização, parece omnipresente. As fachadas dos edifícios são os órgãos de comunicação do edifício com o espaço urbano, e mais amplamente a sociedade. A fachada se torna assim um objeto Manifesto.

- Usar as mãos para construir, e se reconstruir. - Salomé Pitta 

Parabenizamos a nossa aluna por esta conquista.

Mais informações [AQUI

Date

21 outubro 2020

Tags

Notícias
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