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Adriano Niel e Gil Menezes Cardoso, ex-alunos da FA.ULIsboa ficaram em 2º lugar num Concurso público internacional promovido pela Câmara Municipal de Lisboa

Adriano Niel e Gil Menezes Cardoso, ex-alunos da FA.ULIsboa ficaram em 2º lugar num Concurso público internacional promovido pela Câmara Municipal de Lisboa

Adriano Niel e Gil Menezes Cardoso, ex-alunos da FA.ULIsboa ficaram em 2º lugar no Concurso público internacional de conceção para a requalificação da Praça do Martim Moniz, promovido pela Câmara Municipal de Lisboa.

O Projeto destes dois promissores Arquitetos intitulasse “jardim da Mouraria”.
De acordo com os autores, "Do passado retém-se a memória de um vale entre colinas e de um curso de água que rumava ao Tejo, aos quais se seguiram camadas de terra produtiva, onde amálgamas sociais desde há muito se fizeram aqui paisagem. Do líquido ao sólido, a Praça do Martim Moniz é atração que emana da desordem, do caos, da permissibilidade. Confluências, conflitos e harmonias são quotidiano deste lugar - um palco social de riqueza ímpar, onde o desconforto de um ambiente artificial prevalece. Mantendo este palco como património, recupera-se a origem do lugar num processo de renaturalização. Sobre esta tela vazia abrem-se rasgos para que a natureza volte a emergir e contamine a cidade. Rasgos que são nascente, guelras que se integram no sistema respiratório da cidade. Linhas que antes eram limite, agora apontam, sugerem, mas nunca confinam - uma desconstrução do limite que a praça impunha, convidando à permeabilidade e liberdade.

O jardim reflete uma composição de três rasgos que criam distintas topografias e massas vegetais - pinhal, choupal e floresta. Sob o pinhal, a poente, abre-se uma clareira virada à Mouraria e ao Castelo. A nascente, o choupal sombreia um terreiro onde um anfiteatro fresco dinamiza a vida social e comercial. A sul, uma densa floresta urbana e uma encosta protegem uma clareira que contempla a Graça e a Senhora do Monte. À paisagem introduz-se o conceito de mediterrâneo fusionado: vegetação mediterrânica como base maioritária funde-se e harmoniza-se com vegetação exótica, num diálogo expressivo com as culturas sociais que aqui povoam. Estes três momentos convergem para um centro: uma praça de água. Água encaminhada pela tensão do vale que aqui desagua e é retida numa suave barragem, formando-se um plano espelhado de limite indefinido. Para aqui, tudo conflui - a topografia e a água, símbolo da vida, tornam-se chão comum, união entre culturas, memória do passado e espelho do presente. Com esta centralidade espacial e simbólica, o jardim abre-se à Mouraria.

Explorando as dinâmicas deste lugar de transição, as pessoas tornam-se elemento privilegiado de uma mobilidade fluida, garantindo-se livre circulação, expressão e apropriação, num jardim que comemora a identidade natural e a riqueza humana deste lugar. O Jardim da Mouraria é uma celebração às pessoas, às gentes da Mouraria, as de cá e as de lá, as de ontem e as de amanhã, as que passam e as que permanecem."

Todos os 3D foram produzidos pela matéria-sv.com https://materia-sv.com/

Date

27 novembro 2023

Tags

Notícias

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